É a voz coletiva que rompe o silêncio das injustiças, o escudo contra os abusos patronais, e o motor das transformações sociais que asseguram dignidade a quem constrói esse país com as próprias mãos. Sua existência é fruto de uma longa trajetória de resistência, marcada por suor, enfrentamentos e conquistas históricas que custaram caro à classe trabalhadora.
Assumi a presidência do SINTRAMOG em um cenário de total desrespeito aos direitos trabalhistas. Muitos patrões desafiavam abertamente a legislação, explorando homens e mulheres em condições indignas, tratando o trabalhador como peça descartável. Era necessário romper com esse ciclo de opressão – e fizemos isso com coragem, firmeza e uma atuação incansável. Com o respaldo de uma diretoria comprometida, reorganizamos a base, reconquistamos o respeito e alcançamos um marco de legitimidade: 86,5% de aprovação em nossa última eleição.
Hoje, com mais de mil filiados, seguimos de cabeça erguida. Representamos com orgulho os trabalhadores da construção civil, da montagem industrial, da madeira, do mobiliário, da cerâmica e de tantos outros setores essenciais para o desenvolvimento da nossa região. Mas sabemos: a luta não se esgota. Não podemos aceitar migalhas. Queremos salários justos, benefícios reais, jornadas humanas e, acima de tudo, respeito.
Este sindicato não se curva. Não fazemos acordos que vendem direitos. Nossa gestão é pautada pela ética, pela transparência e, sobretudo, por um compromisso inegociável com os interesses da base. Cada reajuste conquistado, cada cláusula mantida em convenção, cada vitória jurídica ou política é resultado de trabalho coletivo, estratégia e resistência.
Nossa atuação vai além dos muros de Mogi das Cruzes. Através de alianças com FETICOM, CONTICOM, CUT e BWI, participamos de uma frente nacional e internacional de defesa do trabalho digno. Levamos a pauta do trabalhador ao debate público e pressionamos onde for preciso para garantir avanços. O Sintramog é parte ativa do movimento sindical que resiste, propõe e transforma.
Mas nada disso se sustenta sem a base mobilizada. É por isso que reforçamos, todos os dias, a importância de filiar-se ao sindicato. Quanto mais fortes formos, mais conquistas teremos. A luta sindical não se vence em gabinete, mas com a força das assembleias, com a presença nos canteiros, com a solidariedade de classe e com a pressão organizada.
Nosso compromisso é com a vida, com o pão na mesa, com a saúde, com o emprego, com a aposentadoria, com o futuro de cada trabalhador e trabalhadora.
E é com essa convicção que seguimos adiante, com os punhos cerrados, cabeça erguida e os pés fincados na luta.
