sexta-feira , 11 de julho 2025

Funcionário de TI é preso suspeito de facilitar ataque hacker

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, prendeu na quinta-feira (3), o funcionário de TI da C&M Software, João Nazareno Roque, por suspeita de facilitar um ataque hacker contra o sistema financeiro nacional. Saiba mais na TVT News.

O golpe, que um prejuízo estimado de até R$ 1 bilhão, envolveu a empresa C&M Software, intermediadora de pagamentos entre instituições financeiras e o Banco Central.

Roque, funcionário terceirizado da empresa há três anos, atuava como operador de TI. Em depoimento, ele confessou que recebeu R$ 15 mil dos hackers. Em maio de 2025, Roque vendeu sua senha por R$ 5 mil, e depois recebeu mais R$ 10 mil para auxiliar na criação de um sistema que permitiu os desvios investigados. 

O suspeito alegou que foi contatado inicialmente em março, por um homem interessado em conhecer o sistema da C&M Software. Posteriormente, Roque foi abordado via WhatsApp, onde solicitaram suas credenciais de acesso ao sistema que faz pagamentos por Pix da empresa. O funcionário afirmou que conversava com os criminosos por celular, tendo trocado de aparelho a cada 15 dias para evitar o rastreamento. Ele também afirmou não conhecê-los pessoalmente.

Impactos do ataque hacker

Em nota, a C&M Software negou ser a origem do incidente, afirmando que a violação não ocorreu por falhas em seus sistemas ou tecnologia. Segundo a empresa, as evidências apontam para o uso de “técnicas de engenharia social” para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso. A C&M Software declarou que colabora com as investigações, além de ter adotado medidas técnicas e legais cabíveis. 

O ataque é classificado como o maior já registrado contra o sistema financeiro brasileiro, com estimativas de prejuízo que variam entre R$ 800 milhões e mais de R$ 1 bilhão. A BMP, cliente da C&M Software, foi a principal instituição financeira afetada, admitindo que o incidente comprometeu a infraestrutura oferecida pela C&M, permitindo o acesso à conta reserva da corporação. A BMP, sozinha, teve R$ 541 milhões desviados, de acordo com informações da polícia.

Pelo menos outras seis instituições financeiras foram afetadas, como Credsystem e Banco Paulista, segundo o jornal Valor Econômico. A BMP, por sua vez, assegurou que nenhum cliente final foi impactado ou teve seus recursos comprometidos. O roubo foi detectado na madrugada, com uma transferência Pix de R$ 18 milhões.

Com informações do G1

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