quarta-feira , 23 de julho 2025

“Objetivo é sair do Mapa da Fome até 2026”, diz ministro

FAO deve reconhecer avanços do país na segurança alimentar em evento na Etiópia na próxima semana

Durante participação no Bom Dia, Ministro desta terça-feira (22) o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) reforçou que o Brasil está prestes a alcançar mais uma vez um marco histórico no combate à fome. Em evento previsto para a próxima semana na Etiópia, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) deve reconhecer os avanços do país na segurança alimentar, indicando que o Brasil está no caminho para sair do Mapa da Fome até 2030.

“Recebemos o Brasil, em 2022, com 33,1 milhões de pessoas passando fome. Já reduzimos esse número em 24,4 milhões. Isso significa que 85% das pessoas em insegurança alimentar severa saíram dessa condição. É uma conquista importante”, afirmou Dias. “Nosso objetivo é que, até julho de 2026, o país esteja formalmente fora do Mapa da Fome. Se conseguirmos, será um recorde: sair da fome em apenas três anos, contra os 11 que levamos da última vez.”

Durante a entrevista, o ministro destacou o crescimento da classe média como um sinal positivo da recuperação econômica e social do país. “Estamos comemorando a redução da miséria, da pobreza e o avanço da classe média. Isso significa inclusão e oportunidade para quem mais precisa”, reforçou.

BRASIL SEM FOME — O ministro lembrou que o Bolsa Família é uma das principais ações dentro do Plano Brasil Sem Fome e destacou que o programa foi redesenhado para garantir proteção social contínua. 

“O povo quer trabalhar. E o principal: quando a renda cresce, a pessoa sai do Bolsa Família, mas não sai do Cadastro Único. Isso é o que garante acesso rápido de volta ao benefício em caso de necessidade — sem fila, sem demora. O Bolsa Família funciona como um colchão de proteção social. Entrou uma vez, só sai para cima”, explicou.

Além do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Cadastro Único conecta famílias de baixa renda a mais de 36 políticas públicas, como o Pé-de-Meia, a Tarifa Social de Energia e o Farmácia Popular. “É o que o presidente Lula chama de garantir dignidade. A pessoa pode sair da pobreza, mas continua acessando outros programas que fortalecem sua condição de vida”, pontuou.

CRISE CLIMÁTICA — Ao conversar com jornalistas de diversas regiões do país, Dias chamou atenção para os efeitos da mudança do clima sobre a produção de alimentos no país, especialmente em regiões afetadas por secas e enchentes. “A mudança climática é uma realidade. Temos hoje vários municípios com decretos de emergência. Nessas situações, atuamos em dois blocos: ajuda humanitária imediata e soluções permanentes”. Dias detalhou iniciativas como a distribuição de cestas de alimentos e transferência de renda para famílias que perderam a produção, além da implantação de tecnologias adaptadas ao novo cenário climático. “Estamos levando cisternas para captar água da chuva e o chamado cisternão, para irrigação e criação de animais. Também iniciamos experimentos com sistemas de barramento de água e adutoras. Com isso, garantimos condições de convivência com a seca e proteção à agricultura familiar”, resumiu.

Via Secom

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