sexta-feira , 25 de julho 2025

Recursos da Terra para 2025 já acabaram

Os recursos naturais do planeta Terra para o ano de 2025 se esgotaram nesta quinta-feira (25). A partir de agora, a humanidade passa a consumir recursos que deveriam ser usados no futuro, ou seja, estamos no vermelho e passando tudo no cheque especial — sem termos como pagar. Entenda na TVT News.

Dia da Sobrecarga da Terra

Pensa o seguinte. No dia 1 de janeiro você vai no mercado comprar tudo que precisa para o ano em comida, água e energia (desconsidere datas de vencimentos!), você tem o valor de R$ 5 mil para gastar (desconsidere a inflação e valores reais).

Você gastou todo o valor, mas no dia 24 de julho sua comida, água, energia acabaram. Existem duas opções: passar fome ou gastar o dinheiro que não tem para pagar depois. O problema é que o novo dinheiro que você vai receber é no dia 1 de janeiro do próximo ano e você precisa comprar recursos de sobrevivência para o próximo ano e pagar a dívida.

No fim, sua dívida vai se acumular ano, após ano com o mercado. Perceba que o mercado é o planeta e você é a humanidade inteira.

A métrica é calculada pela Global Footprint Network, instituição sem fins lucrativos baseada nos Estados Unidos, Bélgica e Suíça, com base na pegada ecológica.

A pesquisa puxa 15 mil pontos de dados por país por ano, soma todas as demandas da população por áreas biologicamente produtivas — alimentos, madeira, fibras, sequestro de carbono e acomodação de infraestrutura.

De acordo com a Global Footprint Network, a pegada de carbono, ou seja, as emissões de carbono da queima de combustíveis fósseis, representa 61% da Pegada Ecológica da humanidade.

Em linhas mais diretas: o principal problema é a poluição, que surge a partir de fábricas, carros, agropecuária e tudo que emite carbono desenfreadamente de modo que as florestas não são capazes de absorver para transformar em oxigênio.

Esse uso excessivo dos recursos naturais da Terra são calculados e apontam que o mundo está esgotando sistematicamente os recursos anuais em sete meses.

Pelos cálculos, nós já estamos devendo 22 anos de recursos naturais e se não mudarmos os padrões de consumo estruturalmente, vamos continuar aumento nosso déficit.

“Estamos expandindo os limites do dano ecológico que podemos causar. Já se passou um quarto do século XXI e devemos ao planeta pelo menos 22 anos de regeneração ecológica, mesmo que impeçamos qualquer dano adicional agora. Se ainda quisermos chamar este planeta de lar, esse nível de superação exige uma escala de ambição em adaptação e mitigação que deve ofuscar quaisquer investimentos históricos anteriores que tenhamos feito, em prol do nosso futuro comum”,  comenta o Dr. Lewis Akenji , membro do conselho da Global Footprint Network.

Em 2025, o esgotamento do planeta Terra foi o mais cedo da série histórica iniciada em 1971. Isso acende um alerta para os problemas do sistema de consumo da humanidade.

A crise não significa apenas a redução da biodiversidade e do esgotamento dos recursos naturais, o problema central é que dentro do sistema capitalista, a crise ambiental leva à insegurança alimentar nas camadas mais pobres, ao aumento de crises sanitárias (pandemias e epidemias), às guerras entre nações em busca de recursos e à estagnação econômica com aumento da inflação e do desemprego.

Como resolver o problema para salvar a Terra e humanidade?

Já até virou clichê, mas os especialistas apontam que é urgente a mudança dos sistemas que regem o mundo. O consumo desenfreado pelo lucro precisa acabar, o “excesso de oferta é um exemplo claro de falha de mercado”, diz Global Footprint Network.

“Se não forem corrigidas, essas falhas de mercado estimulam o uso excessivo, o que leva a interrupções ou choques econômicos. A falha de mercado também representa uma perda econômica para os provedores de biocapacidade, que não são adequadamente compensados”, segue a instituição.

O Dr. Paul Shrivastava , professor da Universidade Estadual da Pensilvânia e copresidente do Clube de Roma, comenta: “O Dia da Sobrecarga da Terra nos lembra que a humanidade está consumindo em excesso, tomando empréstimos do futuro. Se isso não for controlado, levará à inadimplência, pois o meio ambiente ficará muito esgotado para oferecer tudo o que as pessoas precisam. Evitar a inadimplência financeira e ecológica depende de nossa capacidade e disposição para pagar a dívida.

O professor acredita que é positivo sobre a resolução, ele acredita que há meios para resolver a inadimplência ecológica, mas é preciso que os governos façam projetos conjuntos para mudanças e a sociedade mudar a cultura de consumo.

“A boa notícia é que evitar a inadimplência ecológica é possível: temos a capacidade econômica. Vamos agora desenvolver a vontade política, desde o comportamento individual do consumidor até as estratégias econômicas dos governos”, diz Shrivastava

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