Alckmin afirmou que o mundo reconhece o potencial do Pix como transferência bancária gratuita
De acordo com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, a Meta, Apple, Google e Visa defenderam um “Pix para todos” em reunião de última hora nesta segunda-feira para discutir o tarifaço que o governo de Donald Trump pretende impor às importações brasileiras para os Estados Unidos (EUA). Saiba mais na TVT News.
Big techs dos EUA defendem o Pix
A reunião foi convocada pela comissão interministerial, coordenada por Alckmin, que conversa com os setores da economia afetados pela imposição da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros nos Estados Unidos a partir de 1º de agosto.
Ao sair do Palácio do Planalto, o presidente em exercício afirmou que a reunião foi bem sucedida e abriu caminho para um diálogo. Os representantes da Meta, Apple, Google, Visa e Expedia, defendem um “Pix para todos”:
“Falaram que defendem o chamado ‘Pix para todos’. O que é importante? É que tem que ser de graça. O Pix é um sucesso, porque você não paga e ele é rápido. O Pix é um exemplo para o mundo, muita gente vem para o Brasil para ver como fazer”, afirma Alckmin.
O que chama a atenção é a participação de representantes da provedora do sistema de transações eletrônicas de débito e crédito, Visa. Pois a instituição é apontada como uma das que mais vai se favorecer caso o Pix seja proibido a partir da investigação conduzida pelo governo Trump.
O presidente em exercício negou que a taxação das big techs, apontada como uma possível retaliação do Brasil em caso de elevação de tarifa, tenha sido mencionada.
“Elas são investidores no Brasil. Demonstraram que o Brasil é relevante no trabalho delas para crescerem no país e ficaram de nos encaminhar na sequência algumas questões que para eles são mais relevantes. Abrimos um bom diálogo”, declarou.
Segundo a Vice-Presidência da República, estiveram presentes os representantes das seguintes empresas e entidades:
- Nuno Lopes Alves, diretor-geral da Visa;
- Gustavo Lage Noman, vice-presidente de Assuntos Governamentais da Visa;
- Márcia Miya, government affairs manager na Apple;
- Gustavo Dias, head jurídico e de Relações Institucionais da Expedia na América Latina;
- Yana Dumaresq, diretora de Políticas Públicas da Meta;
- Daniel Arbix, diretor jurídico do Google;
- Igor Luna, consultor jurídico da Câmara Brasileira da Economia Digital.
Também participaram do encontro representantes dos Ministérios das Relações Exteriores; da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e da Vice-Presidência. Esses órgãos também compõem o comitê interministerial.
Com texto da Agência Brasil
Taxação ao Brasil por Trump é condicionada a anistia de Bolsonaro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no dia 9 de junho que irá aplicar tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A nova alíquota entra em vigor a partir do dia 1º de agosto. Trump atribuiu cobrança em parte à postura do STF contra Bolsonaro.
Trump pede Bolsonaro seja inocentado no julgamento por tentativa de golpe de Estado e também falou que a relação comercial com o Brasil é desfavorável para os EUA, o que é mentira visto que nos últimos anos o país norte-americano tem superávit milionário em cima do Brasil.
Das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA no mês, esta é a mais alta até o momento desta publicação.
No mesmo dia, Trump também repetiu a ameaça de impor uma tarifa adicional de 10% sobre produtos de um bloco de países em desenvolvimento conhecido como BRICS, do qual o Brasil faz parte.
Segundo a carta de Trump, a tarifa de 50% será aplicada sobre “todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes”. Produtos como o aço e o alumínio já sofriam tarifas de 50%, o que impacta diretamente a indústria brasileira.