quinta-feira , 17 de julho 2025

Maioria é a favor de elevar IR dos mais ricos, diz Quaest

Pesquisa reforça o respaldo da população à proposta do governo Lula de promover maior justiça fiscal

A maioria dos brasileiros é favorável ao aumento da alíquota do Imposto de Renda para os mais ricos, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (16). De acordo com o levantamento, 60% dos entrevistados apoiam a medida, contra 35% que se dizem contrários. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa reforça o respaldo da população à proposta do governo Lula de promover uma reforma tributária baseada em maior justiça fiscal. Um dos principais eixos dessa agenda é a isenção do pagamento de IR para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil, o que também conta com amplo apoio: 75% são a favor da isenção, 21% se posicionam contra e 4% não souberam ou não responderam.

Ainda segundo o levantamento, 63% dos brasileiros concordam que o governo federal deve aumentar os impostos dos mais ricos para reduzir a carga tributária sobre os mais pobres. Outros 33% são contra essa lógica de redistribuição fiscal, enquanto 4% não têm opinião formada.

Apesar do apoio majoritário às propostas concretas da chamada “justiça tributária”, boa parte da população ainda desconhece essa pauta. Questionados sobre a agenda do governo Lula voltada a tornar o sistema tributário mais progressivo, 56% afirmaram não ter conhecimento do tema, enquanto 43% disseram já ter ouvido falar.

A pesquisa foi realizada pela Quaest em todo o território nacional e possui margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Discurso contra ricos divide opiniões

Apesar do apoio à taxação dos mais ricos, o discurso que opõe ricos e pobres ainda não encontra consenso entre os brasileiros. Para 53% dos entrevistados, esse tipo de narrativa “não está certa, porque cria mais briga e polarização no país”. Já 38% avaliam que o discurso “está certo, porque chama atenção para os privilégios de alguns”. Os que não souberam ou preferiram não responder somam 9%.

O resultado mostra que, embora haja respaldo popular para medidas que combatam desigualdades econômicas, ainda há resistência à retórica confrontativa entre classes sociais.

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