sábado , 26 de julho 2025

Navio de Greta Thunberg resgata migrantes; acompanhe a localização

Embarcação desviou a rota para atender a pedido de socorro de barco com migrantes do Sudão nesta quinta-feira (4)

Nesta quinta-feira (5), o navio da Flotilha pela Liberdade, onde Greta Thunberg e Thiago Ávila embarcaram para abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza e romper o bloqueio de Israel, segue sua rota ao sul da Ilha de Creta. A embarcação realizou um desvio para resgatar migrantes do Sudão que estavam à deriva em alto mar. Entenda em TVT News.

O ativista brasileiro Thiago Ávila participou ao vivo do Jornal TVT News Primeira Edição na manhã desta quinta (5) e explicou o ocorrido. Às 8h43 (horário local), o navio da Flotilha pela Liberdade, chamado de Madleen, recebeu um chamado de “mayday” de um barco com 40 migrantes do Sudão. Quando o Madleen se aproximou, uma embarcação da guarda costeira da Líbia avançou.

Para evitar serem levados pelas autoridades líbias, quatro pessoas pularam em alto mar e nadaram em direção ao grupo de ativistas. Durante a participação de Thiago Ávila no Jornal TVT News Primeira Edição, o navio da Flotilha foi interceptado pela Guarda Costeira da Grécia para levar os quatro migrantes sudaneses à terra firme.

A Coalização Flotilha pela Liberdade condenou o papel da União Europeia no caso. Em um trecho da nota, a eurodeputada Rima Hassam, que faz parte da tripulação com Greta, Thiago e outros nove ativistas, diz: “Nós denunciamos o papel da UE em obstruir a busca de asilo, em uma clara violação do direito internacional, o que tem levado a milhares de mortes e transformado o Mediterrâneo em um cemitério”.

Localização do navio de Greta

É possível acompanhar a localização do navio pelo site da Coalização Flotilha pela Liberdade, que organizou a missão humanitária. Agora, o navio está ao sul da ilha de Creta. No mapa, é possível ver o desvio realizado pela embarcação para atender ao pedido de socorro do barco com migrantes do Sudão.

Se o navio não for interrompido, deve chegar à Faixa de Gaza no sábado (7). O objetivo da viagem é chamar atenção para o genocídio palestino e romper o bloqueio de Israel que assola a Faixa de Gaza desde 2008.

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Localização do navio da Flotilha pela Liberdade. Foto: Freedom Flotilla Coalition/Reprodução

“Precisamos colocar fim à ocupação israelense”

A embarcação com 12 ativistas está levando alimentos, fraldas, produtos de higiene feminina, filtros de água, medicamentos, muletas e próteses infantis para Gaza. A ajuda humanitária que o navio é capaz de transportar é um ato simbólico de apoio aos palestinos e uma tentativa de chamar atenção internacional para a causa.

O brasileiro Thiago Ávila já tentou realizar o percurso em maio, mas o navio foi atingido por drones. Diante do perigo da missão, o ativista afirmou ao Jornal TVT News Primeira Edição que a ameaça sobre suas vidas é menor do que a realidade enfrentada diariamente por civis em Gaza. “Nosso risco é muito menor do que o risco das pessoas em Gaza. Por isso, não podemos deixar de cumprir nossa missão em solidariedade ao povo palestino.”

Para Thiago, o objetivo da flotilha é provocar impacto político e mobilizar consciências. “Eles não vencem a gente pela força. Ações não violentas como a flotilha têm o poder de inspiração e mobilização. Não conseguem esmagar.”

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Ativistas partiram do sul da Itália no domingo (1º). Foto: Freedom Flotilla Coalition

Em entrevista à Al Jazeera nesta quinta-feira (5), Greta Thunberg justificou sua participação na Flotilha por ter uma grande plataforma de visibilidade nas redes sociais, além dos motivos humanitários: “Se você tem qualquer senso de humanidade, não há alternativa senão se aliar à causa da Palestina”.

“Não precisamos apenas de ajuda humanitária ou cessar-fogo, precisamos colocar fim à ocupação israelense”, continuou Greta. Desde 2008, Israel mantém um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo à Faixa de Gaza, o que compromete drasticamente o acesso da população palestina a insumos básicos, gerando escassez crônica e sofrimento generalizado.

Sobre a possibilidade de serem atacados por forças israelenses, Greta declarou “somos 12 voluntários pacíficos, não estamos carregando armas e não responderemos de forma violenta”. Já para Thiago, caso Israel volte a atacar, o efeito será oposto ao pretendido. “Se fizerem isso, garanto que semana que vem teremos milhares de pessoas na próxima flotilha para romper esse cerco. Se atacarem novamente, teremos milhões depois.”

A Flotilha tenta romper o bloqueio de ao território palestino desde 2010, quando uma embarcação foi atacada e nove civis foram mortos.

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