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Autoridades de todo o mundo, incluindo Lula e Xi Jinping, estarão na Rússia para comemoração da derrota dos nazistas. Ucrânia ameaça e ataca
Pelo terceiro dia consecutivo, drones ucranianos atacaram Moscou hoje (7), provocando o fechamento temporário dos principais aeroportos da capital russa e a interrupção de dezenas de voos — inclusive de e para cidades como São Petersburgo e Baku. Os ataques acontecem horas antes da chegada do presidente chinês, Xi Jinping, e do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à Rússia, além de outras autoridades globais. Entenda na TVT News.
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, afirmou que as defesas aéreas russas interceptaram ao menos 14 drones ucranianos durante a madrugada. Apesar do esforço das forças armadas, o impacto foi suficiente para suspender as operações aéreas nos principais terminais da capital. Companhias aéreas anunciaram o cancelamento de diversos voos, incluindo cinco com origem em Baku e um para São Petersburgo. Posteriormente, voos começaram a ser reprogramados para outras regiões do país, indicando a reabertura parcial do espaço aéreo.
Ameaças ao 9 de maio
A chegada de Xi Jinping a Moscou, prevista para a noite desta quarta-feira (7), ocorre em um momento de intensa simbologia para o Kremlin. O presidente chinês participará do desfile militar de 9 de maio, que celebra o 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista — data de importância histórica e política para Vladimir Putin.
A presença de Xi é vista como um respaldo estratégico ao presidente russo, que enfrenta crescente isolamento no Ocidente desde o início da invasão da Ucrânia. Pequim, principal comprador de petróleo e gás russos, tem fornecido apoio econômico vital à Rússia, ajudando o país a mitigar os efeitos das sanções internacionais.
Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China evitou comentar diretamente sobre os ataques, limitando-se a dizer que a “prioridade máxima” é evitar a escalada do conflito. Xi Jinping, no entanto, tem se posicionado contra a continuidade da guerra, pedindo negociações de paz e acusando os Estados Unidos de prolongarem o conflito com o envio contínuo de armas a Kiev.
Lula em Moscou
O presidente Lula, que também participará do desfile do Dia da Vitória, está a caminho de Moscou. Até o momento, não houve confirmação de qualquer alteração no trajeto do líder brasileiro, apesar da instabilidade aérea causada pelos ataques.
Enquanto isso, em Kiev, autoridades relataram um ataque aéreo russo que matou uma mãe e seu filho durante a madrugada. A Rússia afirma que seus ataques miram exclusivamente alvos militares — uma alegação que tem sido repetidamente contestada por evidências de vítimas civis.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu formalmente, na terça-feira (6), que países estrangeiros se abstenham de enviar tropas ao desfile em Moscou, sob o argumento de que isso comprometeria a neutralidade de nações que evitam se posicionar no conflito. O apelo parece ter como alvo a China, cujos militares devem participar do evento ao lado das Forças Armadas russas.
Com a guerra completando mais de dois anos e sem perspectiva de resolução, o desfile de 9 de maio será mais do que uma celebração histórica: será também um palco de demonstração geopolítica.
