sexta-feira , 2 de maio 2025

Mulheres sofrem mais com escala 6×1, diz Juvandia

“Ninguém aguenta trabalhar seis dias na semana, e folgar só um”, frisou dirigente bancária

Em meio às comemorações do 1º de maio, Dia do Trabalhador, direto do Paço Municipal de São Bernardo do Campo, a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, defendeu a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1.

Ela destacou que tais demandas – a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1 fazem parte da Pauta da Classe Trabalhadora, entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas centrais sindicais nesta semana. Segundo Juvandia, são as mulheres, que enfrentam dupla e tripla jornadas, as principais prejudicadas pela extensão do carga de trabalho e pela escala injusta.

“Ninguém aguenta trabalhar seis dias na semana, e folgar só um. A gente tem que cuidar da família. As mulheres, em especial, sofrem mais com essa escala. Mas para isso tem que reduzir a jornada. Hoje a jornada legal é de 44 horas semanais, é muito grande. Tem que ter redução para poder viabilizar o fim da jornada 6×1”, disse Juvandia, em entrevista à repórter Girrana Rodrigues, da TVT News.

Ela destaca que, tanto a redução da jornada como o fim da escala 6×1 não dependem da vontade do governo federal, pois necessitam de aprovação do Congresso Nacional. Nesse sentido, é necessário pressão popular para que tais pautas avancem. “As mulheres têm que entrar nessa mobilização. Tem que entrar, porque nós sofremos mais, nós trabalhamos mais. Nós temos mais o que reivindicar, então temos muito o que lutar”, ressaltou.

Juvandia ainda destacou outras pautas relativas à justiça tributária, também em discussão no Legislativo. “Nós, bancários, estamos nessa pauta da redução da jornada. E também da Justiça Tributária, que é a isenção do Imposto de Renda na PLR, isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Isso também passa pelo Congresso e também precisa de muita mobilização. E fazer o andar de cima pagar imposto, porque eles não pagam. Esse é o grande mote do 1º de maio”.

1º de maio e mulheres: igualdade salarial

Outra pauta fundamental para as mulheres trabalhadoras, segundo a presidenta do Instituto Lula e da CUT-São Paulo, Ivone Silva é o cumprimento da Igualdade Salarial, que estabelece a obrigatoriedade de empresas com 100 ou mais funcionários publicarem relatórios de transparência salarial para garantir a igualdade de remuneração entre homens e mulheres em cargos idênticos.

“Deveriam estar cumprindo a lei. Mas infelizmente, várias empresas ainda descumprem, boicotam. A gente está brigando pela questão da igualdade. E as mulheres negras são as que menos recebem na pirâmide. Ou seja, o homem branco está lá no topo, e as mulheres negras, estamos lá embaixo”, frisou Ivone, direto do 1º de maio no ABC, organizado por 23 sindicatos de diversas categorias, ligados à CUT.

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