Câmara decide cassar Ramagem e Eduardo Bolsonaro

A maioria dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu, nesta quinta-feira (18), pela cassação dos mandatos dos deputados foragidos Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Leia em TVT News.

Ramagem e Eduardo Bolsonaro devem ser cassados pela mesa diretora da Câmara

De acordo com o deputado Carlos Veras (PT-PE), primeiro-secretário da Câmara, a direção da Câmara dos Deputados reuniu assinaturas suficientes e deve publicar ainda nesta quinta-feira , 18, a cassação dos mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Alexandre Ramagem fugiu para os EUA

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, Ramagem foi condenado na ação penal da trama golpista a 16 anos de prisão e recorre em liberdade. Em setembro, Ramagem fugiu do país para evitar o cumprimento da pena e está morando em Miami.

Em função da condenação, o STF determinou que a Câmara deverá declarar a perda do mandato de Ramagem. Até o momento, a decisão ainda não foi cumprida pela Mesa Diretora. A expectativa é de que a Casa delibere sobre a questão nesta semana, a última antes do recesso de fim de ano dos parlamentares.

Eduardo Bolsonaro conspirava nos EUA

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo.STF

O julgamento ocorreu em novembro deste ano, quando o colegiado formou placar unânime de quatro votos a zero para aceitar denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em setembro, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela PGR no inquérito que apurou a atuação do parlamentar junto ao governo dos Estados Unidos para promover o tarifaço contra as exportações brasileiras, a suspensão de vistos de ministros do governo federal e de ministros do STF.

Eduardo deixou o Brasil em fevereiro deste ano e está nos Estados Unidos. Ele pediu licença do mandato de 120 dias. Desde dia 20 de julho, quando a licença terminou, o deputado não comparece às sessões da Câmara.