O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quarta-feira (24) um chamado para que os países desenvolvidos se engajem no compromisso de apresentar novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), com metas atualizadas de redução de emissões de gases de efeito estufa, conforme estabelece o Acordo de Paris. Leia em TVT News.
Durante o Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, na Organização das Nações Unidas, Lula lembrou que as novas NDCs serão determinantes para os debates que serão travados durante a COP30.
“A transição energética abre as portas para uma transformação produtiva e tecnológica equiparável à revolução industrial. As NDCs são o mapa do caminho que guiará cada país nessa mudança. Elas não são meros números ou percentuais, são uma oportunidade para repensar e reorientar a política e investimentos rumo a um novo paradigma econômico. Para que isso ocorra em escala global, as nações ricas precisam antecipar as suas metas de neutralidade climática e ampliar o acesso a recursos e tecnologias a países em desenvolvimento”, defendeu.
“Queremos promover uma cúpula de lideres que propicie um diálogo franco e direto à altura da missão que as nossas sociedades nos confiaram. Temos a chance de reparar injustiças e construir um futuro próspero e sustentável para todos. Por isso, faço um apelo para os países que ainda não apresentaram as suas NDCs: o sucesso da COP 30 depende de vocês”, concluiu Lula.
Negacionismo
Lula co-presidiu, ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, o evento, com autoridades de diferentes países. Segundo o presidente, a COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém, será a COP “da verdade”, pois mostrará o grau de compromisso dos países no enfrentamento às mudanças climáticas.
“Vamos juntos fazer da Amazônia o palco de um momento decisivo da história do multirateralismo. Tenho dito ao secretário-geral que a COP 30 é a COP da verdade. Ela vai ter que dizer se acreditamos ou não no que a ciência está nos mostrando. Se nós, lideres e chefes de estado, confiamos ou não na ciência”, discursou.
“Ao sediar a COP, na Amazônia, o Brasil quer mostrar que não há como preservar a natureza sem cuidar das pessoas. Não há como revolucionar a nossa relação com o planeta sem engajar uma ampla gama de atores”, complementou.
O presidente brasileiro criticou o negacionismo climático e acrescentou que há também um negacionismo multirateral, que ameaça compromissos globais.
“O negacionismo que enfrentamos não é apenas climático, mas também multilateral. Ninguém está a salvo dos efeitos da mudança do clima. Muros nas fronteiras não vão conter secas e tempestades. A natureza não se curva a bombas nem a navios de guerra. Nenhum país está acima do outro. O risco do unilateralismo é a reação em cadeia que ele provoca. Cada compromisso rompido é um convite para atitudes isoladas. O resultado é um círculo vicioso de desconfiança e paralisia. Precisamos resgatar a convicção na mobilização coletiva”, alertou.
O presidente destacou a posição do Brasil com o comprometimento de redução das emissões de gases do efeito estufa.
“Estamos comprometidos em reduzir as emissões de todos os gases do efeito estufa entre 59% e 67%, [até 2035, em comparação com o que o país emitiu em 2005] abrangendo todos os setores da economia. Nossa meta de zerar o desmatamento até 2030 contribuirá para concretizar esse objetivo”, afirmou.
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