Skip to content
sábado, 09 de agosto de 2025 -

80 anos da bomba de Nagasaki e continua o terror dos EUA

No dia 9 de agosto de 1945, os EUA lançaram a segunda bomba nuclear da história em Nagasaki, no Japão. Hoje, o mundo vive novos ataques dos EUA

Três dias depois da primeira bomba nuclear ser usada numa guerra em Hiroshima, os Estados Unidos (EUA) lançou um novo explosivo, ainda mais potente, sob Nagasaki, no Japão. O plano dos norte-americanos era mostrar a força e coragem que tinham perante o resto do mundo para estabelecer hegemonia. O mesmo acontece, mais uma vez, em 2025. Entenda o que pode estar por vir na TVT News.

A bomba de Nagasaki

No dia 9 de agosto de 1945, os EUA autorizaram o lançamento da segunda bomba nuclear no Japão para forçar a rendição do país asiático aos Aliados. Três dias antes, Hiroshima havia sido destruída e os efeitos da radiação ainda era sentido pelos moradores da região, além da dor do luto que se espalhou entre os japoneses.

O explosivo era feito de 6 quilogramas de plutônio-239, muito menos que os 64 kg de urânio-235 lançados em Hiroshima, mas o efeito era muito maior. Estima-se que apenas 1 kg sofreu fissão, processo que separa o núcleo dos átomos que libera alta carga de energia, ou seja, explosão.

Os números de mortos são incertos, porque famílias inteiras foram dizimadas em segundos e os sistemas saúde não tinham como quantificar os corpos. Diferentes instituições estipulam que, imediatamente, foram cerca de 40 mil a 80 mil mortos. Já os efeitos da radiação causaram mais 20 mil a 30 mil mortos.

O efeito devastador acabou sendo menor do que os EUA esperavam por conta do relevo da cidade de Nagasaki. O município não estava na lista dos principais alvos levantados pela inteligência estadunidense.

O verdadeiro alvo daquele dia era Kokura, entretando, o céu estava nublado, coberto de neblina e fumaça, segundo o relatório dos pilotos. O clima fez a missão mudar: as novas ordens eram que a tripulação identificasse um novo alvo nas proximidades e Nagasaki se tornou a vítima.

A bomba, chamada de “Fat Man”, tinha potencial destrutivo muito maior de mortes, mas os morros salvaram a maior parte da população dos efeitos da radiação e do explosivo imediato.

No dia 2 de setembro, o Japão se rendeu oficialmente para os Aliados, o que colocou fim na Guerra do Pacífico. A destruição em massa com as bombas atômicas colocaram os Estados Unidos como um país que não mede os perigos para conquistar a vitória. Foi nesse momento que a ordem mundial moderna se estabeleceu, com o início da Guerra Fria entre as potências EUA e URSS.

Um novo imperialismo ameaça o mundo

A Segunda Guerra Mundial foi uma continuação da disputa imperialista da Grande Guerra de 1914 a 1918. A Alemana nazista queria avançar o regime de Hitler pela Europa, com a anexação de territórios, como regiões da Áustria, Tchecoslováquia, Polônia, Luxemburgo, partes da França, Bélgica, Bielorrússia, Rússia e Ucrânia.

Os antigos impérios do período colonial viam a força reduzir, com os movimentos de independência e a perca de território pelo mundo e a nova potência em crescimento: os Estados Unidos.

A adesão tardia dos EUA na Segunda Guerra possibilitou a vitória: era um dos poucos países que não estava destruído pelas bombas e com industrialização forte em produtos militares, o que rendeu grandes lucros com a disputa em solo europeu.

Os EUA promoveram a guerra de forma externa: venderam armas para ambos os lados para fomentar a indústria nacional. A adesão à disputa aconteceu de modo calculado: para reforçar a imagem de força, o país norte-americano só sairia do conflito com a vitória esmagadora. O problema é que não foi tão simples como esperavam e a bomba nuclear foi necessária.

80 anos depois, EUA de volta à guerra, dessa vez comercial

Em 2025, os Estados Unidos criam um novo modelo de guerra. Além de fomentar disputas militares vendendo armas para ambos os lados, o país vende apoio militar oficial em troca de favorecimento econômico, como na Ucrânia, em que o presidente Volodymyr Zelensky assinou acordo que favorece os EUA na exploração de terras raras do país.

Atualmente, o país norte-americano, sob a gestão do presidente Donald Trump, também cria um cenário de caos por meio de tarifas alfandegárias. Taxas são criadas sem justificativa ou baseadas em desinformação para ameaçar e forçar uma negociação desconfortável para as outras nações.

O motivo é o mesmo. Em busca de estabelecer a hegemonia dos EUA diante do resto do mundo. No caso, reesabelecer. Isso porque a China está conquistando os mercados internacional e criando tecnologias melhores e com preços mais baratos que os EUA. Ao que parece, a livre concorrência do liberalismo só vale se favorecer os estadunidenses e europeus.

Para derrotar a China, parece que Trump enxerga a necessidade de destruir o bloco econômico em que a China faz parte: os BRICS.

Para isso, o governo Trump começou a guerra tarifária, aplicando em abril a taxa de 10% para a maioria dos países do mundo e para a China o valor foi de 34%, seguido da União Europeia (20%), do Japão (24%) e da Índia (26%).

A China revidou, dobrou a aposta e um loop começou: a cada aumento de tarifas de um país, o outro se igualava. Até que os EUA cederam e negociaram um acordo temporário em maio.

Na sequência, o Brasil, foi o segundo alvo dos delírios de Trump.

Brasil sofre com as maiores taxas do mundo, mesmo comprando mais que vendendo dos EUA

O presidente republicano anunciou uma taxa de 50% aos produtos brasileiros baseado em uma série de mentiras: que o comércio entre as duas nações favorecia o Brasil, sendo que o lucro milionário é dos EUA e, que o ex-presidente Jair Bolsonaro é julgado injustamente, sendo que as provas apontam que ele arquitetou um plano para assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, e dar um golpe de Estado.

Trump exigiu que Bolsonaro fosse inocentado para revogar as terifas. Mas no Brasil, mesmo que quisessemos seria impossível, pois cabe somente ao poder judiciário que o julga decidir pela inocência ou condenação do ex-presidente.

Cabe ressaltar que o ex-chefe do executivo tem sido julgado com base nas provas levantadas pela Polícia Federal (PF), o processo corre com pleno direito a defesa e segue as leis estabelecidas pela Constituição Federal. O julgamento deve acabar em setembro e, no momento, Bolsonaro está preso preventivamente na própria casa, por descumprir medidas cautelares determinadas por tentativa de obstrução da Justiça.

No Brasil, o que os EUA buscam é colocar na presidência alguém que se submeta às ordens do país norte-americano, que permita a exploração das terras raras brasileiras, que tem a segunda maior reserva mundial, e favoreça o mercado estadunidense.

Diferente do que o Lula propõe enquanto presidente, que é diversificar os mercados, buscando acordos do Mercosul com a União Europeia e aumentando o apoio entre o BRICS, principalmente com a China e a Índia.

A guerra tarifária imposta por Trump tem feito as nações de reféns: a União Europeia se vê diante de um acordo humilhante, que faz colocar mais de 600 bilhões de doláres na indústria energética estadunidense.

Também aplica uma tarifa de 50% aos produtos indianos, que se tornaram o próximo alvo.

Ao fim, os EUA só parecem se conter com a nova ordem mundial estabelecida a partir dos princípios estadunidenses e para isso podemos esperar tudo, como no passado foi provado: o país da “liberdade” não para até que seus desejos sejam saciados — e ameaças de bombas podem retornar, provavelmente não igual em 1945, mas também com efeitos nocivos para a humanidade.

Crédito do Matéria

Comments (0)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top
No results found...