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30 anos da morte de Florestan Fernandes, conheça a história
30 anos da morte de Florestan Fernandes: ações e pensamento seguem atuais e fundamentais
Em 10 de agosto de 1995, o Brasil perdeu um de seus mais importantes pensadores: Florestan Fernandes. Trinta anos depois, suas ideias continuam vivas nas universidades, nos movimentos sociais e entre os defensores da democracia. Sociólogo, parlamentar, deputado constituinte e professor, Florestan marcou a história do país com as análises sobre desigualdade, educação e a luta de classes. Relembre a trajetória de Florestan Fernandes com a TVT News.
Principais aspectos da vida e obra de Florestan Fernandes
- Fundador da sociologia crítica no Brasil
- Análise da realidade social brasileira
- Influência do marxismo
- Atuação política
Temas centrais da obra de Florestan Fernandes
- Racismo e desigualdade social
- Educação pública e gratuita
- Interpretação do marxismo na América Latina
- A necessidade de uma sociologia crítica e engajada
Quem foi Florestan Fernandes
Florestan Fernandes nasceu em São Paulo, em 1920. Ainda jovem, ingressou na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou e depois se tornou professor. Sua trajetória acadêmica foi construída com dedicação ao estudo da realidade brasileira.
Considerado um dos fundadores da sociologia crítica no país, Florestan investigou temas como o racismo, a formação da sociedade brasileira e o papel das elites. Durante o regime militar, foi perseguido e exilado. Com a redemocratização, assumiu papel político como deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, defendendo a educação pública, os direitos sociais e os trabalhadores.
Quais as principais obras de Florestan Fernandes
Entre as obras mais conhecidas de Florestan Fernandes estão A integração do negro na sociedade de classes, A revolução burguesa no Brasil e O que é sociologia, esta última popularizada entre estudantes por apresentar conceitos fundamentais da área. Seus textos não se limitam ao debate acadêmico: propõem mudanças estruturais e desafiam a ordem social estabelecida.
Além de livros, Florestan publicou artigos, participou de debates públicos e ajudou a formar gerações de intelectuais comprometidos com as causas populares. Seu trabalho abrange campos diversos da sociologia, com foco constante na desigualdade social e no papel da educação como instrumento de transformação.

Quais pensamentos de Florestan Fernandes são úteis para entender o Brasil hoje?
Três décadas após sua morte, o pensamento de Florestan Fernandes continua atual. Em um país com profundas desigualdades sociais, sua crítica à concentração de renda e à exclusão das maiorias permanece relevante. Ele analisou como as elites brasileiras mantêm o controle das instituições e limitam o acesso da população ao poder político e econômico.
Florestan também discutiu o papel da educação na construção de uma sociedade democrática. Para ele, uma escola pública de qualidade, crítica e emancipadora era essencial para romper com o ciclo de opressão e exclusão. Suas ideias contribuem até hoje para os debates sobre racismo estrutural, reforma universitária, privatizações e o papel do Estado.
Temas centrais da obra de Florestan Fernandes
- Racismo e desigualdade social: Florestan Fernandes analisou a persistência do racismo e da desigualdade social no Brasil, relacionando-os com as estruturas econômicas e sociais herdadas da escravidão.
- Educação pública e gratuita: defendeu a importância da educação pública e gratuita como instrumento de transformação social e combate às desigualdades.
- Interpretação do marxismo na América Latina: Florestan Fernandes contribuiu para a interpretação do marxismo na América Latina, adaptando-o à realidade da região e analisando as particularidades do capitalismo brasileiro.
- A necessidade de uma sociologia crítica e engajada: Florestan Fernandes defendia uma sociologia que não se restringisse ao ambiente acadêmico, mas que se conectasse com os problemas sociais e buscasse contribuir para a transformação da realidade.
MST batizou a Escola Nacional de Escola Nacional Florestan Fernandes
Em 2005, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inaugurou a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). A escolha do nome foi um reconhecimento à contribuição de Florestan para as lutas sociais e para o pensamento crítico brasileiro.

Foto: Alexandre Barbosa
A escola se tornou referência em formação política e educacional para militantes do MST e de movimentos populares da América Latina. A homenagem mostra como a obra de Florestan segue inspirando práticas transformadoras no país.
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