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Netanyahu nega a realidade da fome e do massacre
Bombas caem sobre seus lares. Soldados sionistas atiram em filas de civis famintos. Crianças são as principais vítimas do genocídio em Gaza
Apesar das imagens de crianças palestinas esqueléticas, civis comendo grama e hospitais superlotados de desnutridos em Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou no último domingo que “não há fome em Gaza”. Hoje (28), mesmo o principal aliado do israelense, o presidente de extrema direita dos EUA, Donald Trump, disse haver “fome real” em Gaza e que não é possível “fingir que não”. Entenda na TVT News.
A fala foi feita durante uma conferência cristã em Jerusalém, em meio a críticas internacionais contra a atuação israelense no enclave palestino, onde mais de 80 mil civis já foram assassinados pelo regime sionista de Netanyahu. A maioria mulheres e crianças de acordo com estudo do Royal Holloway College, da Universidade de Londres.

Realidade da fome em Gaza
A declaração do extremista mandatário de Israel ignora relatórios de agências das Nações Unidas que denunciam uma catástrofe humanitária em curso.
De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP), um terço da população de Gaza não se alimenta há dias, e mais de 100 mil mulheres e crianças sofrem de desnutrição severa. Em diferentes tentativas de obtenção de ajuda, civis palestinos foram atacados pelo exército sionista ao se aproximarem de caminhões com alimentos, deixando centenas de mortos, segundo o ministério local.
Mesmo assim, o premiê israelense insiste: “Permitimos a entrada da quantidade exigida pelo direito internacional. Fornecemos quase 2 milhões de toneladas de alimentos desde o início da guerra”.
Os dados contrastam com o que se vê no terreno e com os apelos urgentes das agências humanitárias. Para o diretor de emergência do WFP, Ross Smith, “os mercados estão disfuncionais e nada está realmente se mexendo dentro de Gaza”.
Entrada de ajuda em Gaza
A ONU chegou a acolher o anúncio israelense de pausas diárias de 10 horas nas operações militares em partes da Faixa de Gaza. A trégua permitiria a entrada limitada de ajuda humanitária, como alimentos e remédios. Ainda assim, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou-se “profundamente triste com o colapso dos últimos recursos que mantêm as pessoas vivas” e reforçou a necessidade de um cessar-fogo imediato e permanente.
Para Guterres, “os civis devem ser protegidos e nunca devem ser alvos”. Ele condenou com veemência os tiroteios e assassinatos de pessoas que buscavam comida. O alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, também pediu uma entrega em massa de ajuda humanitária e denunciou a destruição das mínimas condições de sobrevivência.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) chamou as pausas humanitárias de “oportunidade para salvar vidas”, mas alertou que sem corredores humanitários adicionais e ampliação da distribuição, o colapso continuará.
Enquanto isso, comboios humanitários enfrentam obstáculos constantes, incluindo ataques e entraves nos postos de controle. A travessia de Kerem Shalom, citada por Netanyahu como repleta de caminhões de ajuda “esperando do lado de Gaza”, é frequentemente apontada por agências como um gargalo onde insumos são retidos, atrasados ou mesmo impedidos de prosseguir.
Suspensão de ataques em Gaza
As suspensões diárias de bombardeios anunciadas por Israel parecem mais uma resposta à pressão internacional do que uma mudança de postura diante do que especialistas e organizações chamam de genocídio em curso. A interrupção parcial das operações, entre 10h e 20h, não garante segurança nem continuidade para o fluxo de ajuda, especialmente diante de ataques diretos a comboios e civis.
O subsecretário-geral da ONU de Assistência Humanitária, Tom Fletcher, afirma que está em contato com equipes no terreno “que farão todo o possível para alcançar o maior número possível de pessoas famintas neste período”.
Já para o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, trata-se de “uma oportunidade para começar a reverter a “catástrofe e salvar vidas.”
A agência disse ter alimentos suficientes, na região ou a caminho dela, que chegam para alimentar toda a população de 2,1 milhões de pessoas por quase três meses.
O PMA destaca que os novos compromissos para melhorar as condições operacionais se juntam às garantias anteriores de Israel de fortalecer a facilitação da assistência humanitária.
O alto comissário de Direitos Humanos, Volker Turk, pediu a entrega de ajuda humanitária em grande quantidade a Gaza, bem como um “cessar-fogo imediato e permanente, além da libertação imediata e incondicional de todos os reféns”.
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