Presidente afirma que continua buscando negociações com os EUA e que o governo apoiará setores produtivos que forem afetados pelo tarifaço de Trump
Em um discurso marcado pela firmeza e defesa da soberania nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou hoje, em Minas Novas, a “guerra tarifária” iniciada pelo presidente estadunidense Donald Trump contra o Brasil. Saiba mais na TVT News.
As declarações foram feitas durante uma cerimônia que anunciou o investimento de R$ 1,7 bilhão em políticas públicas educacionais destinadas a comunidades indígenas e quilombolas.
Lula reafirmou o compromisso do governo em buscar o diálogo, mas deixou claro que o Brasil não se curvará a pressões externas. “Se abaixar a cabeça, eles colocam uma cangalha e a gente não levanta mais”, alertou o presidente, enfatizando a importância do país manter sua dignidade. Ele prometeu apoio irrestrito ao empresariado brasileiro que for prejudicado pelas sanções tarifárias de Trump, assegurando que o governo estará ao lado daqueles que forem impactados.
O presidente compartilhou uma lição pessoal aprendida em 2003, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Ele relembrou um episódio em que líderes internacionais não se levantaram para cumprimentá-lo, mas o fizeram com a chegada do então presidente dos EUA, George W. Bush. Lula e o ex-ministro Celso Amorim decidiram não se levantar para Bush. “Eu disse ao Celso Amorim: ‘Não vamos nos levantar’”, contou Lula. “E o Bush foi lá e nos cumprimentou e sentou com a gente. Sabe o que eu aprendi? Ninguém respeita quem não se respeita”, enfatizou.
A experiência, segundo Lula, moldou sua postura na defesa dos interesses nacionais.
Apesar de garantir suporte ao setor empresarial, Lula fez questão de reiterar seu principal foco: “Eu tenho lado. E o meu lado é o povo pobre deste país“. A declaração reforça a prioridade de seu governo em políticas sociais e no combate às desigualdades.
Em um tom de desaprovação, o presidente também recordou que a guerra tarifária contra o Brasil teria sido influenciada pela família Bolsonaro, que solicitou a intervenção de Donald Trump para interromper investigações do Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente. Lula classificou a suposta ação como “uma vergonha, uma falta de caráter, falta de coragem”.
O discurso do presidente Lula em Minas Novas serviu como um farol em meio às tensões geopolíticas, reforçando a postura de um Brasil que busca defender seus interesses e seu povo com dignidade e resiliência, mesmo diante de ventos contrários.
Lula anuncia investimentos em educação para comunidades tradicionais
Lula participou de cerimônia de anúncios do governo federal na área de educação e igualdade racial em Minas Novas (MG), no Vale do Jequitinhonha.
“Hoje eu venho aqui reconhecer os saberes do povo dessa região, reconhecer o valor dos indígenas, reconhecer o valor dos quilombolas, reconhecer os valores das mulheres, reconhecer os valores daquelas pessoas que trabalham de sol a sol para construir a sua própria vida, a cidade e a região”, disse.
Governo Lula investe R$ 1,17 bilhão para construção de 249 escolas para populações indígenas e quilombolas. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente citou uma jovem quilombola presente no evento, estudante de doutorado em Brasília. “Muitos de vocês ficam se perguntando por que que ela conseguiu vencer na vida. Ela ainda vai vencer mais, ela é muito nova. E ela só venceu na vida porque tinha política pública que permitia que uma pessoa pobre possa estudar nesse país, que uma quilombola possa ser doutora, possa fazer mestrado, possa fazer pós-graduação e possa ser o que quiser”, afirmou.
Um dos destaques apresentados hoje é o investimento de R$ 1,17 bilhão na construção de 249 escolas voltadas a comunidades indígenas e quilombolas, no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As obras estão sendo entregues desde 2024 e continuam até o ano que vem. O governo também trabalha em 22 obras emergenciais nos territórios Yanomami e Ye’Kwana, incluindo escolas e um centro de formação de professores.
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