sexta-feira , 25 de julho 2025

Na ONU, Brasil adere à ação contra Israel por genocídio

Em nota, o Itamaraty lamenta as violações rotineiras de direitos humanos e a “utilização despudorada da fome como arma de guerra” na Palestina

O Brasil anunciou que está na fase final para entrada na ação contra Israel por genocídio na Palestina na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (ONU). Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) voltou a condenar as violações de direitos humanos e disse que os direitos dos palestinos podem estar sendo “irreversivelmente prejudicados”. Entenda na TVT News.

Itamaraty cobra ação internacional diante de genocídio na Palestina

Em nota, o Itamaraty expressou “profunda indignação diante dos recorrentes episódios de violência contra a população civil no Estado da Palestina, não se restringindo à Faixa de Gaza e estendendo-se à Cisjordânia”. O MRE lamenta que as graves violações de direitos humanos tenham se tornado rotineiras, assim como a a utilização despudorada da fome como arma de guerra”.

A ação contra Israel pelo crime de genocídio na ONU é movida pela África do Sul com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio desde 2023. De acordo com o MRE, a entrada do Brasil é justificada pela obrigação de cumprir o direito internacional humanitário e pela “plausibilidade de que os direitos dos palestinos de proteção contra o genocídio estejam sendo irreversivelmente prejudicados”.

“O Brasil considera que já não há espaço para ambiguidade moral nem omissão política”, afirma o Itamaraty. O órgão afirma que a impunidade de Israel mina a legalidade internacional e compromete a credibilidade do sistema multilateral.

O Itamaraty cobra ação da comunidade internacional, que “não pode permanecer inerte diante das atrocidades em curso” na Palestina. A nota também critica “a anexação de territórios pela força e a expansão de assentamentos ilegais” que Israel realiza no território palestino.

Durante uma reunião oficial nesta terça-feira (21), o presidente da Tunísia, Kais Saied, mostrou imagens chocantes da crise humanitária em Gaza ao assessor de Trump, Massad Boulos. ‘É hora de toda a humanidade acordar’, disse Saied, exibindo o retrato de uma criança chorando de fome. A situação foi classificada como ‘crime contra a humanidade’. Boulos permaneceu em silêncio.

Uma publicação nas redes sociais mostra a capa do jornal britânico Daily Express, que estampa o apelo: “Pelo amor de Deus, parem com isso agora”. A manchete acompanha a imagem devastadora do pequeno Muhammad, criança palestina lutando para sobreviver à fome extrema no inferno de Gaza.

Nesta quarta-feira (23), 111 organizações de direitos humanos e assistência humanitária emitiram um alerta urgente para o cenário de “fome em massa” em Gaza. Os apelos exigem a suspensão do cerco imposto por Israel, que controla a entrada de água e alimentos. O avanço da catastrófica crise humanitária aumentou o número de denúncias sobre desnutrição e uso da fome como arma de guerra por Israel nos últimos dias.

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