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Bolsonaro e Tarcísio perdem intenções de voto e Centrão não apresenta grandes índices
O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, venceria todos os possíveis candidatos ao cargo nas eleições de 2026. A percepção em relação ao petista também melhorou em meio a taxação de Trump. A informação foi publicada nesta quinta-feira (17) pela Quaest Pesquisa. Veja os números completos na TVT News.
Lula se consolida à frente de 8 candidatos de direita ou centro-direita
A Quaest perguntou para mais de 2 mil pessoas suas intenções de voto em diferentes cenários e a pesquisa apresenta 2 pontos percentuais de margem de erro.
A instituição levantou oito nomes de candidatos da direita ou centro-direita, sendo eles: Jair Bolsonaro (inelegível), Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro, Ratinho Júnior, Eduardo Leite, Eduardo Bolsonaro, Romeu Zema e Ronaldo Caiado.
Foi apresentado para os entrevistados um cenário de segundo turno em que os candidatos citados disputariam a presidência com Lula.
Na cena da Quaest, Lula se consolida à frente de todos os outros candidatos, com pelo menos 41% e chegando a 43% das intenções de voto.
Os candidatos que mais se aproximam de Lula são Bolsonaro e Tarcísio, ambos com 37%. Antes, Lula empataria com Bolsonaro, mas o petista cresceu e Bolsonaro caiu 4%.
Tarcísio também caiu. Antes ele apresentava 40% da intenção de voto, contra 41% de Lula. Agora o cenário é de apenas 37% para o atual governador de São Paulo e os mesmos 41% para Lula.
A pesquisa aconteceu entre os dias 10 e 14 de julho, na sequência do anúncio das tarifas de 50% pelo governo Trump, que são uma tentativa de salvar a pele de Bolsonaro da prisão por tentativa de golpe de Estado.
Primeiro turno de 2026
A Quaest realizou quatro cenários de primeiro turno, em que considera apenas um candidato para representar o bolsonarismo (Jair, Michelle, Tarcísio e Eduardo).
Lula fica novamente à frente de todos os candidatos, oscilando de 30% a 32%. O que mais se aproxima é Jair Bolsonaro com 26% da intenção de votos.
O cenário 2 é o que Lula apresenta o menor índice com 30% dos votos em uma disputa com Michelle, que aparece com 19%. Os candidatos de “terceira via” crescem, mas não o suficiente para se classificar para um segundo turno ou apresentar problemas para Lula.
A Quaest questionou os entrevistados se em um cenário de livre escolha entre Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes, Michelle Bolsonaro, Tarcísio, outros, branco/nulo/não vai votar e indecisos.
Nessa momento, 68% do eleitorado aparece indeciso. O número entretanto é uma redução em relação a pesquisa anterior publicada em maio de 2025, em que a indecisão aparecia em 75% das pessoas.
A decisão migrou principalmente para Lula, que cresceu 4% de maio para julho, chegando a 15% de intenção de voto espontâneo.
Bolsonaro também cresceu 2%, chegando a 11% do índice.
Já Ciro Gomes, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas aparecem com 1% da intenção de votos espontâneos pela primeira vez dentre as três últimas publicações da Quaest.
Brasil tem mais medo de Bolsonaro do que de Lula
O mundo se encontra numa situação de polarização extrema, o Brasil não escapa dessa tendência. Após a Lava Jato e o Mensalão, surgiu um movimento antipetismo que foi o principal fator que levou Bolsonaro a presidência.
Mas ao mesmo tempo em que Bolsonaro se candidatou e a campanha começou em 2018, o antibolsonarismo começa a surgir e cresce durante a pandemia com a má gestão do governo para conter as mortes pelo vírus.
Considerando a força dos dois movimentos, a Quaest pergunta: O que te dá mais medo hoje: Lula continuar ou Bolsonaro voltar?
A maioria respondeu que tem medo de Bolsonaro voltar, com 44% dos votos. Lula continuar aparece com 41%. Outros 7% tem medo dos dois continuarem, 5% não sabiam responder e 3% não tem medo de nenhum dos dois.
Bolsonaro inelegível deveria continuar com o plano de se candidatar?
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a inelegibilidade em junho de 2023 em Plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O julgamento reconheceu que Bolsonaro praticou abuso de poder político e usou indevidamente os meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022.
Foi considerado que Bolsonaro fazia discursos para desacreditar e descredibilizar as urnas eletrônicas e tentou usar a posição de presidente para sabotar o sistema eleitoral brasileiro, com a finalidade de se favorecer nas eleições de 2022.
A condenação é de 8 anos sem poder se candidatar e ser votado contados a partir das eleições de 2022, ou seja, ele não participará de eleições até 2030.
Ainda sim, pesquisas continuam perguntando ao eleitorado se Bolsonaro deveria ou não seguir com uma candidatura. A culpa não é das instituições, na verdade a culpa é do próprio Bolsonaro e seus seguidores fiéis que seguem com discursos que tentam minar a decisão judicial e criar um cenário irreal esperançoso para a extrema-direita.
Esse dado, apesar de ser uma bizarrice eleitoral é importante para perceber ou tentar se preparar para os próximos passos de Jair. Principalmente diante da articulação de Eduardo nos Estados Unidos para prejudicar o Brasil e salvar o pai com a ajuda de Donald Trump e suas taxas insensatas.
Veja a pesquisa Quaest completa aqui.
