sexta-feira , 18 de julho 2025

Antonio Tabet defende regulamentação das redes em entrevista a Juca Kfouri

Em uma entrevista descontraída ao jornalista Juca Kfouri, o ator, roteirista e empresário Antônio Tabet, um dos criadores do Porta dos Fundos, defendeu enfaticamente a regulamentação das redes sociais e teceu duras críticas à atuação de setores progressistas. A conversa, que abordou política nacional, liberdade de expressão e momentos de sua vida pessoal, revelou um Tabet com opiniões firmes e pragmáticas sobre o cenário atual. Saiba mais na TVT News.

Tabet não poupou os setores progressistas afirmando que estes tendem a falar apenas para “convertidos” e se preocupam com o que ele chamou de “perfumaria”. Em sua visão, essa postura de “expurgar” pessoas resulta na perda de alcance e na limitação do diálogo a uma minoria. “Enquanto os democratas não criarem um discurso mais aglutinador que aproxime as pessoas, eles estarão à mercê de outros grupos que são mais disciplinados”, alertou o empresário.

Quando o assunto é liberdade de expressão e humor, Tabet foi categórico: não há limite para a liberdade de expressão em si, mas as pessoas têm o direito de questioná-la e buscar seus direitos quando se sentirem lesadas. Para ele, o limite do humor pode ser a lei, a coerência ou o bom senso. Ele se posicionou contra a censura prévia e a condenação de comediantes pelo que dizem no palco, considerando essa prática um “precedente perigoso”. A discussão sobre a liberdade de expressão em 2025, na sua opinião, é um sinal de que a liberdade de expressão por si só foi “mal utilizada”.

Um dos pontos altos da entrevista foi a defesa de Tabet pela regulamentação das mídias digitais, algo que ele não considera um excesso. Para ele, é crucial distinguir a regulamentação da liberdade de expressão, afirmando que são “coisas bem diferentes”. Tabet argumenta que, embora na internet se possa falar o que quiser, é fundamental responder por isso. A dificuldade em responsabilizar ofensores e difamadores online, que muitas vezes dependem do “bom humor de algum executivo sentado em San Diego, na Califórnia” para serem identificados, torna a regulamentação uma necessidade inadiável.

O empresário também alertou para o perigo dos algoritmos, cujo objetivo principal é vender e fazer o usuário gastar tempo e dinheiro. Ele ressaltou que o algoritmo “trabalha para falar bem ou mal de alguém” e que o excesso de conteúdo personalizado pode levar as pessoas a se tornarem “massa de manobra”, sentindo que o “computador entende mais delas do que elas mesmas”. Tabet criticou os setores que alegam que a regulamentação vai contra a liberdade de expressão, classificando-os como “muito ignorantes”.

Além dos temas centrais, Tabet também abordou outras questões. Ele lamentou que o Brasil não tenha investido mais em educação, afirmando que o país seria um “foguete” se o fizesse. Sobre o conflito em Gaza, Tabet expressou indignação com as bombas de Israel que caem sobre crianças e famílias e demonstrou ceticismo quanto a uma possível solução diplomática entre as partes.

Ao final da entrevista, o lado pessoal de Tabet veio à tona quando ele descreveu seu sentimento pelo Flamengo como “família”, relembrando de seu pai, flamenguista, que o fez se tornar torcedor do time. 

Juca Kfouri Entrevista vai ao ar nesta quinta-feira (17) às 21h, no canal digital aberto 44.1 e no YouTube.

Assista a entrevista com Antonio Tabet

Crédito do Matéria

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