Durante interrogatório em junho, Cid confirmou que Jair Bolsonaro leu e fez alterações na minuta do golpe
Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro depõe novamente no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (14) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. O tenente-coronel será ouvido em relação a três ações penais da trama golpista. Entenda em TVT News.
Novo depoimento de Mauro Cid
Mauro Cid deve apresentar informações sobre os núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista — que somam 23 réus. O ex-ajudente de ordens tem acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Até 23 de julho, o STF ouve testemunhas de defesa e acusação dos três grupos por videoconferência.
Em junho, Cid foi interrogado no STF dentro da ação contra o núcleo 1, no qual é réu junto com Jair Bolsonaro. Durante o depoimento, Cid confirmou o plano de golpe, disse que o ex-presidente leu e alterou a minuta golpista e que encontrar uma fraude nas urnas era preocupação de Bolsonaro.
Núcleos do golpe
Núcleo 2
A PGR diz que o núcleo 2 era responsável por gerenciar as ações para o golpe de Estado.
- Silvinei Vasques (ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal);
- Marília Ferreira de Alencar (ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça);
- Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF);
- Filipe Martins (ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro);
- Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro);
- Mário Fernandes (ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência).
Núcleo 3
De acordo com a investigação da PGR, os integrantes do núcleo 3 teriam elaborado um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal);
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
- Marcelo Araújo Bormevet (policial federal e ex-integrante da Abin);
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).
Núcleo 4
Segundo a PGR, o núcleo 4 era responsável por apoiar as ações golpistas com divugação de desinformação sobre as eleições, ataques virtuais a autoridades, além do uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos.
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal);
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
- Marcelo Araújo Bormevet (policial federal e ex-integrante da Abin);
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).