Em entrevista à TV Record, presidente enfatizou momento positivo da economia e antecipou ações que serão consolidadas até o fim do mandato
Em um momento de crescimento econômico e retomada de programas sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido a construção de um Estado de Bem-Estar Social no Brasil, equiparando a iniciativa a práticas adotadas por nações desenvolvidas. Com a economia do país em alta, registrando um crescimento superior a 3%, e indicadores positivos de emprego, salários e massa salarial, o governo avança com uma série de propostas que visam a justiça tributária e à inclusão social. Saiba mais na TVT News.
“O Brasil vive um bom momento e voltou a crescer acima de 3%, com emprego crescendo, salários crescendo e a massa salarial crescendo”, disse Lula em entrevista à TV Record.
“Estamos isentando as pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês. E estamos taxando as pessoas que ganham acima de R$ 1 milhão por ano”, disse. “Ou seja, estamos pedindo: ‘os que ganham muito vão ter que dar um pouquinho para a gente favorecer aqueles que ganham menos. Isso se chama justiça tributária, isso não se chama aumento de imposto. É uma coisa normal que todos os países desenvolvidos fazem. Eu quero criar no Brasil um Estado de bem-estar social”.
Justiça Social e apoio aos mais vulneráveis
Uma das principais bandeiras do governo é a Justiça Tributária. Atualmente em análise no Congresso Nacional, a proposta de reforma do Imposto de Renda prevê a isenção para aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais, enquanto busca taxar rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão. Essa medida visa equilibrar a balança fiscal e promover uma distribuição de renda mais justa.
Paralelamente, o programa Tarifa Social de Energia Elétrica (Luz do Povo), em vigor desde julho, já beneficia cerca de 60 milhões de brasileiros. A iniciativa garante o pagamento zero da conta de luz para famílias que consomem até 80 kWh por mês e oferece redução para quem utiliza até 120 kWh. Os beneficiários incluem famílias inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa, idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de famílias indígenas e quilombolas.
“É preciso fazer justiça tributária com o povo pobre desse país. Nós fizemos uma medida provisória garantindo que quem usa até 80 quilowatts-hora [por mês] de energia tem pagamento zero. E quem consome até 120 kWh só vai pagar a diferença entre 80 kWh e 40 kWh”, lembrou o presidente.
Na área da habitação, o governo prepara o lançamento, até o final do mês, de um programa habitacional “infinitamente maior” que o já conhecido Minha Casa, Minha Vida. Além disso, serão criadas duas novas linhas de crédito: uma destinada à reforma de casas e outra focada na construção de residências para a classe média, atendendo a famílias com renda entre 10 e 15 salários mínimos que buscam moradias de maior porte.
“Espero que no fim deste mês a gente possa lançar um programa infinitamente maior do que o Minha Casa, Minha Vida. E também vamos fazer um programa de reforma de casa”.
Novidades para entregadores e saúde pública
Pensando nas condições de trabalho dos entregadores por aplicativo, o governo estuda formas de apoiar a categoria. Entre as iniciativas em análise, está o financiamento de motos mais modernas, econômicas e, possivelmente, elétricas, com a inclusão de capacetes. A proposta também prevê a criação de locais de apoio com banheiros e facilidades para higiene, focando em oferecer melhores condições de trabalho a esses profissionais.
No setor da saúde pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará por aprimoramentos com o lançamento do programa “Agora Tem Especialistas”. O objetivo é reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados e exames. O governo trabalha em um acordo com a iniciativa privada e as Santas Casas para garantir que os cidadãos tenham acesso a especialistas e exames em menos de 30 dias.
“Essas coisas vão acontecer, porque é necessário cuidar do povo. A questão da energia, da reforma da casa, dos entregadores de alimentos, das plataformas, precisamos tratar com muito respeito”, concluiu Lula.
Com informações da Agência Gov