quarta-feira , 9 de julho 2025

PM que matou jovem negro em Parelheiros é afastado

Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi assassinado enquanto corria para pegar o ônibus de volta para casa, após o trabalho

O policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, que matou com um tiro na cabeça o jovem Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, na sexta-feira (4), em São Paulo, foi afastado do serviço operacional. O PM lotado no 12º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo, mas foi liberado após pagamento de R$ 6,5 mil de fiança. Saiba mais em TVT News.

Entenda o caso da morte do jovem

Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi morto por um policial militar na noite de sexta-feira (4), em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo. O jovem foi baleado na cabeça quando corria em direção ao ponto de ônibus, após sair do trabalho em uma fábrica de móveis. Em sua mochila, o jovem carregava apenas uma marmita, talheres, um livro e a roupa do trabalho.

Conforme o boletim de ocorrência, o PM, Fábio Anderson Pereira de Almeida, alegou que pilotava uma moto quando foi abordado por suspeitos armados que tentaram roubá-lo e reagiu com disparos. A Polícia Civil concluiu que Guilherme não tinha qualquer envolvimento na abordagem do policial, mesmo assim foi atingido. O jovem saiu do trabalho às 22h28, conforme indica o ponto eletrônico, e foi assassinado às 22h35.

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O PM Fábio Anderson Pereira de Almeida. Foto: Reprodução

O sociólogo e ex-ouvidor da Polícia, Benedito Mariano, diz que a Polícia Militar de São Paulo está gradativamente se transformando em uma milícia institucional. Esses crimes “sistematicamente ocorrem com jovens pobres e negros da periferia”, afirma.

Assim como Guilherme, outras duas pessoas foram vitimadas mesmo sem ter relação com o crime alegado pelo PM. No ponto de ônibus, uma mulher foi atingida de raspão por um disparo e Deillan Ezian da Silva Oliveira, colega de trabalho do jovem assassinado, foi algemado de bruços ao lado do corpo por suspeita de ter participado do assalto. Após prestar depoimento na delegacia, Deillan foi liberado.

“O caso foi registrado como homicídio e é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) de Guarulhos, que realiza diligências visando identificar e localizar os autores, bem como esclarecer os fatos. Demais detalhes serão preservados devido ao sigilo imposto”, diz nota da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo Mauro Caseri pediu ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo (DHPP) “a portaria e relatório de conclusão do inquérito policial; laudo necroscópico e respectivas representações gráficas da vítima fatal; laudos periciais do local do crime, exame balístico e exames residuográficos; imagens arrecadadas de câmeras de monitoramento da região, bem como informações sobre a distribuição judicial do feito”.

Além disso, o órgão também encaminhou ofício para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), para que a Polícia Civil investigue eventuais implicâncias raciais na ocorrência, já que Guilherme era negro.

Com informações de Agência Brasil.

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