sexta-feira , 4 de julho 2025

Onda de ataques a ônibus em SP mobiliza investigações

Mais de 200 veículos depredados na capital e cerca de 400 na Grande São Paulo e litoral

Uma série de ataques a ônibus vem causando prejuízos crescentes e apreensão em São Paulo. Só na capital, foram 197 veículos apedrejados entre 12 de junho e 1º de julho; na Grande São Paulo e litoral, esse número ultrapassa 400 ataques, segundo levantamento da SPTrans e Diários do Transporte.

Em apenas um dia, na quarta-feira (2), 35 ônibus foram alvo de depredações em diferentes pontos da capital, incluindo avenidas movimentadas como Berrini e Chuchri Zaidan, além de Taboão da Serra. Mais de 30 coletivos também foram atacados na noite na zona Sul e cidades como Osasco e Carapicuíba.

Segundo a SPTrans, a frota municipal conta com 12.036 ônibus, e os veículos danificados precisam ser enviados para manutenção ou substituídos pela reserva técnica — o que sinaliza uma pressão na operação logística. A Quantidade de ônibus vandalizados já chega a quase 2% da frota total”

Várias empresas estão sendo afetadas, entre elas Mobibrasil, Transwolff, Viação Grajaú, KBPX e Campo Belo, tanto na capital quanto nos municípios vizinhos. Em um episódio mais grave, uma passageira foi atingida no rosto por uma pedra na av. Washington Luís, região do Campo Belo, sendo socorrida à UPA Vila Santa Catarina.

A Polícia Civil, por meio da 6ª Delegacia da Divisão de Crimes contra o Patrimônio (Disccpat) do Deic, investiga os casos. A linha principal aponta para ataques premeditados e articulados via internet, possivelmente por grupos de jovens em “desafios online”. Delegados monitoram plataformas digitais e concentram esforços na identificação dos responsáveis.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado confirma a investigação do principal padrão criminoso: “há uma tese de que as ações teriam sido cometidas por jovens em jogos de desafios na internet”, conforme fonte da Polícia Civil.

Outra hipótese sendo analisada sugere retaliação ao projeto municipal que integra câmeras de ônibus ao sistema de monitoramento, que teria incomodado oportunistas.

Autoridades reagiram com reforço no policiamento e articulação institucional. O prefeito Ricardo Nunes informou que as ocorrências foram concentradas em duas delegacias — capital e ABC — e afirmou que a Polícia Civil está empenhada em desvendar o “mistério” . No fim de junho, ele determinou ainda que guardas municipais atuassem nas áreas afetadas.

Empresas de ônibus e o sindicato SPUrbanuss enviaram ofícios aos secretários de Segurança Pública estadual, Guilherme Derrite, e de Segurança Urbana, Orlando Morando, cobrando ações efetivas, como reforço policial e reuniões urgentes para definir estratégias conjuntas .

Em nota, o SPUrbanuss destacou a gravidade do cenário:

“Tais ataques vêm causando expressivos prejuízos materiais e, mais grave ainda, comprometem a segurança e a integridade física dos usuários e trabalhadores do sistema.”

O Ministério Público e a Polícia Civil prometem ações coordenadas. A investigação envolve também a Divisão de Crimes Cibernéticos, considerando o papel presumido das redes sociais e aplicativos na mobilização dos atos .

Enquanto isso, SPTrans reforça a orientação às operadoras para registrar formalmente cada ocorrência e acionar a Central de Operações imediatamente — sob pena de penalidades administrativas ﹣ garantindo, dessa forma, a substituição ágil dos veículos atingidos

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