quinta-feira , 3 de julho 2025

COP30: governo divulga imagem do Curupira, “mascote” da conferência

Lenda do folclore brasileiro que atua como guardião das florestas foi escolhido como símbolo do evento

A gestão da COP30 divulgou nesta terça-feira (1º) a imagem do personagem escolhido como símbolo do evento: o Curupira, lenda do folclore brasileiro que atua como guardião das florestas. O menino com cabelo de fogo e pés virados para trás compõe a identidade visual do evento, que ocorrerá em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro. Saiba mais na TVT News.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) marca os dez anos do Acordo de Paris, que determinou metas nacionais e internacionais para limitar o aquecimento da Terra. Para a organização, o curupira “reflete o compromisso da presidência brasileira em solidificar ações de redução das emissões dos gases que provocam o aquecimento da Terra”, afirma nota. 

Em carta à comunidade internacional, o presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, defende que as florestas serão um “tópico central” nas discussões do evento. 

“Quando nos reunirmos na Amazônia brasileira em novembro, devemos ouvir atentamente a ciência mais avançada e reavaliar o papel extraordinário já desempenhado pelas florestas e pelas pessoas que as preservam e delas dependem. As florestas podem nos fazer ganhar tempo na ação climática durante uma janela de oportunidade que se está fechando rapidamente”, afirma o embaixador. 

Quem é o Curupira

Curupira vem da língua indígena tupi-guarani, em que “curumim” significa menino e “pira” corpo. O personagem é muito presente na tradição amazônica e associado à proteção das matas e dos animais, especialmente contra a caça. Os pés virados ao contrário são uma artimanha usada para confundir aqueles que tentam seguir seus passos.  

Segundo a organização do evento, a primeira referência ao Curupira na história brasileira foi feita pelo padre José de Anchieta, em 1560, em uma carta feita em São Vicente, no litoral da cidade de São Paulo. O jesuíta veio ao Brasil introduzir o catolicismo na cultura indígena e, para isso, escrevia poesias e peças de teatro. Em um desses textos, ele descreveu que os indígenas temiam muito essa figura folclórica e faziam oferendas para não serem atacados. 

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Pará sediará a COP30 em 2025. Foto: Marcelo Camargo/ABR

COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura no clima, afirma Lula 

Em novembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a COP30 em reunião da Cúpula do G20. Na ocasião, Lula cobrou uma maior responsabilidade com o tema por parte dos países desenvolvidos, reconhecimento dos povos indígenas e comunidades tradicionais como parte do pensar e fazer a proteção das florestas. Além disso, fez uma proposição ousada de criação de um Conselho de Mudança do Clima na Organização das Nações Unidas (ONU), que articule diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática. Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais. Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045. Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”, disse o presidente na época. 

O presidente também convidou as nações a fazerem da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a “COP da virada”, em sua palavras. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku. A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático”, ressaltou Lula.

Com Agência Brasil

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