quinta-feira , 12 de junho 2025

Bolsonaro chama Alexandre de Moraes para ser seu vice

Além da piada, Bolsonaro disse que não passou a faixa para Lula porque “não ia submeter a passar a faixa para esse sujeito”

Em um depoimento marcado por contradições e omissões, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta esclarecimentos nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF), no processo penal que o investiga por tentativa de golpe de Estado. Interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Bolsonaro ironizou ao convidar o próprio Moraes para ser seu vice na eleição de 2026. O ministro respondeu, sorrindo: “Eu declino”. Entenda na TVT News.

Apesar do tom jocoso em alguns momentos, o conteúdo do depoimento revelou afirmações ambíguas. Bolsonaro admitiu que decidiu não participar da cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023, para evitar constrangimento público. “Eu não ia me submeter à maior vaia da história do Brasil. Não passei [a faixa presidencial] porque não ia me submeter a passar a faixa para esse sujeito”, disse, referindo-se ao atual presidente eleito democraticamente.

Bolsonaro e minuta do golpe

Ao ser questionado por Moraes sobre a chamada “minuta do golpe”, documento que previa uma intervenção militar e a prisão de autoridades para impedir a posse de Lula, Bolsonaro primeiro afirmou não ter tido conhecimento do texto. Momentos depois, contudo, admitiu ter visto rapidamente o conteúdo: “Vi por alto numa tela”.

O documento, encontrado na casa do então ministro da Justiça, Anderson Torres, é uma das principais peças da investigação.

Pressionado sobre o conteúdo da minuta, Bolsonaro evitou respostas diretas. “Falar contra autoridades, sugerir prisão, isso aí não está previsto. As conversas eram informais”, declarou. Quando Moraes perguntou sobre reuniões convocadas por militares, especialmente pelo então ministro da Defesa, o ex-presidente novamente desconversou e defendeu as manifestações bolsonaristas como pacíficas: “Nossas manifestações não têm lixo virado”.

A afirmação, no entanto, ignora os eventos do dia 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores radicais de Bolsonaro invadiram e depredaram violentamente as sedes dos Três Poderes em Brasília, destruindo patrimônio histórico e obras de arte, cenas que chocaram o país e o mundo.

Cobertura em atualização

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