terça-feira , 10 de junho 2025

Solstício se aproxima, trazendo o inverno ao Brasil

Na noite de 20 de junho de 2025, às 23h42 (horário de Brasília), começa oficialmente o inverno no hemisfério sul com a chegada do solstício

Na noite de 20 de junho de 2025, às 23h42 (horário de Brasília), começa oficialmente o inverno no hemisfério sul com a chegada do solstício, evento astronômico que marca o início das estações mais extremas do ano. Do lado de cá do planeta, o fenômeno traz o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Do outro lado, no hemisfério norte, é o verão que se anuncia, com luz abundante e até mesmo o famoso Sol da Meia-Noite. Entenda na TVT News.

Neste ano, o inverno durará 93 dias, 15 horas e 37 minutos, estendendo-se até o equinócio de setembro. Para os apaixonados por observação astronômica, é o momento mais aguardado: quanto mais escuro o céu, maiores as possibilidades de vislumbrar as constelações, planetas e outros eventos celestes.

O solstício

O solstício ocorre por causa da inclinação do eixo da Terra — de cerca de 23,5° — combinada com seu movimento de translação ao redor do Sol. Esse eixo imaginário atravessa o planeta de polo a polo e é responsável, entre outras coisas, pela alternância dos dias e das noites, bem como pela ocorrência das estações do ano.

Durante o solstício de junho, o hemisfério norte está inclinado diretamente em direção ao Sol, o que garante dias mais longos e noites mais curtas nessa parte do globo. Enquanto isso, o hemisfério sul se inclina para longe do Sol, resultando no contrário: menos luz durante o dia e mais horas de escuridão.

Luz e sombra em desequilíbrio

A duração do dia claro varia conforme a latitude. Quanto mais distante do Equador, mais perceptível é a diferença entre dia e noite. No Brasil, os dados do U.S. Naval Observatory ilustram bem essa realidade:

  • Natal (RN): entre 10/06 e 01/07, o dia claro dura 11h47; a noite, 12h13.
  • São Paulo (SP): entre 15/06 e 26/06, o dia claro tem 10h41; a noite, 13h19.
  • Porto Alegre (RS): entre 14/06 e 27/06, a claridade diária soma 10h13; a noite, 13h47.

Quando se computam até os segundos, o menor tempo de luz e o maior de escuridão ocorrem precisamente no primeiro dia do solstício, reforçando o simbolismo do evento.

No extremo sul do planeta, como na Antártica, o solstício de junho é sinônimo de noite polar — período em que o Sol não nasce. Já nas altas latitudes do hemisfério norte, o dia polar se manifesta: o Sol não se põe, brilhando 24 horas por dia.

Frio e céu noturno

Apesar do frio que acompanha o inverno, a escuridão prolongada torna esse o melhor período do ano para os amantes da astronomia observacional. Com menos interferência luminosa natural, os céus se revelam mais nítidos e propícios à contemplação de estrelas, planetas, aglomerados e chuvas de meteoros.

Para os curiosos e entusiastas, existe uma série da canais sobre o assunto, como o próprio canal oficial da Nasa, o canal Ciência Todo Dia, do divulgador científico Pedro Loos e o canal Urânia Planetário no YouTube, que oferece orientação gratuita sobre temas relevantes. Todas as terças-feiras, às 19h30, o Prof. Dr. Marcos Calil conduz transmissões ao vivo com dicas práticas para observar os principais fenômenos astronômicos da semana.

Crédito do Matéria

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