terça-feira , 10 de junho 2025

Professores da rede pública de SP seguem em luta

Professores também vão participar do ato unificado do funcionalismo, marcado para 27 de junho

Professores da rede pública de São Paulo mantêm mobilização por melhores condições de trabalho e aprovam participação em ato unificado do funcionalismo. Veja em TVT News.

Professores da rede pública de SP estão em mobilização

Em assembleia realizada na sexta-feira (6), na Avenida Paulista, em frente ao MASP, professores da rede estadual de ensino decidiram manter a mobilização permanente por melhores condições de trabalho. Também aprovaram a participação no ato unificado do funcionalismo público, marcado para o dia 27 de junho. A manifestação terá como pautas centrais a defesa dos serviços públicos e o combate às privatizações.

Durante o ato, organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), os docentes manifestaram rejeição à atribuição de aulas em dezembro. Eles exigem que o processo seja realizado de forma presencial, justa e transparente, no final de janeiro – respeitando o direito a férias e recesso.

“Não aceitaremos mais atribuições de aulas desorganizadas e injustas. O processo realizado em dezembro foi um absurdo! Muitos professores passaram o fim de ano angustiados por não terem tido aulas atribuídas. Exigimos que os critérios sejam exclusivamente baseados no tempo de serviço e na formação acadêmica. A atribuição deve ocorrer a partir de uma lista única de classificação, sem segmentações por vínculo funcional”, afirmou a deputada estadual Professora Bebel, que também é segunda presidenta da APEOESP.

Reivindicações dos professores da rede pública de São Paulo

Outra reivindicação debatida na assembleia foi o reajuste salarial. Após negociações conduzidas pela deputada Professora Bebel, o governo do Estado comprometeu-se a enviar à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei Complementar (PLC) garantindo reajuste adicional de 1,27%, que se soma aos 5% já sancionados pela Lei Complementar 1.425/2025.

O sindicato exige o envio imediato do projeto para garantir que o reajuste total de 6,27% seja aplicado a partir de julho. No entanto, a Apeoesp considera o índice insuficiente e segue cobrando a aplicação integral da lei do piso nacional do magistério e a recuperação do poder de compra da categoria.

Durante a assembleia, os educadores também reforçaram a luta contra o modelo de remuneração por subsídio, defendendo uma carreira única, valorizada e com progressão. A APEOESP também cobrou a instalação imediata da Mesa de Valorização Docente, já publicada no Diário Oficial, como espaço essencial de debate sobre carreira e condições de trabalho.

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Manifestação do dia 27 terá como pautas a defesa dos serviços públicos e o combate às privatizações. Foto: Apeoesp

“A criação da Mesa de Valorização Docente foi uma conquista importante da nossa mobilização. Mas ela precisa sair do papel com urgência. É fundamental que o governo convoque imediatamente esse espaço para discutirmos a carreira e demais pautas da categoria “, ressaltou Bebel.

Os professores também denunciaram o caráter autoritário das políticas educacionais do governo Tarcísio de Freitas e do secretário de Educação, Renato Feder. Resoluções como a SEDUC 83/2025, que trata de avaliação de desempenho, foram classificadas como punitivas e instrumentos de assédio e perseguição. Segundo os docentes, o governo não enfrenta os verdadeiros problemas da educação pública e atua de forma autoritária.

Outro ponto enfatizado foi a convocação imediata de 44 mil professores aprovados em concurso público, conforme determinação judicial obtida a partir da atuação conjunta do Ministério Público Estadual e da APEOESP.

Campanha professor nota 10, Feder nota zero

Durante o ato, o sindicato anunciou o lançamento da campanha “Professor(a) nota 10, Feder nota zero”, que inclui a produção de materiais de denúncia e conscientização. Também será distribuída uma cartilha com os principais direitos da categoria e os desafios atuais, com o objetivo de fortalecer a organização dos profissionais da educação.

A assembleia marcou o início da participação da APEOESP no Plebiscito Popular Nacional 2025, que ocorrerá entre julho e setembro. Entre as questões que o plebiscito vai consultar, estão as propostas da campanha estão a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, a taxação dos super-ricos, o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial. A mobilização será organizada por comitês em todas as subsedes do sindicato.

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